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Quais são os próximos passos da ação contra Jair Bolsonaro por golpe de Estado

Defesa e acusação terão agora prazos para novas diligências e apresentação de alegações finais antes do julgamento. O STF se prepara para decidir sobre as acusações de golpe de Estado e a participação de Jair Bolsonaro e seus ex-ministros.

STF conclui interrogatórios dos oito réus do “núcleo crucial” da tentativa de golpe de Estado após a eleição de 2022. As oitivas foram conduzidas pelo ministro Alexandre de Moraes.

Com esta fase encerrada, defesa e acusação poderão solicitar novas diligências. Depois, haverá 15 dias para as alegações finais e o processo estará pronto para o julgamento.

Principais depoimentos:

  • Jair Bolsonaro: Negou participação e justificou críticas ao sistema eleitoral como “retórica política”. Pediu desculpas ao STF.
  • Paulo Sérgio Nogueira: Reforçou discurso moderado e pediu desculpas por críticas excessivas às urnas.
  • Mauro Cid: Confirmou plano golpista; Bolsonaro recebeu e alterou a “minuta do golpe”. Afirmou que repassou recursos a um militar.
  • Alexandre Ramagem: Negou uso da Abin para monitoramento e disse que documentos eram “reflexões pessoais”.
  • Almir Garnier: Negou envolvimento e não viu a minuta golpista. Confirma reuniões, mas sem deliberações.
  • Augusto Heleno: Preferiu silêncio sobre o caso e negou conhecimento de um gabinete paralelo.
  • Anderson Torres: Chamou documento encontrado em sua residência de “minuta do Google” e negou autoria.
  • Walter Braga Netto: Confirmou reuniões, mas negou envolvimento em plano de reverter a eleição.

A denúncia da PGR aponta que Bolsonaro liderou uma organização criminosa para abolir o Estado Democrático de Direito por meio de um golpe militar, questionando o sistema eleitoral e preparando decretos inconstitucionais.

As acusações centrais incluem: incentivo a acampamentos golpistas, ataques ao sistema eleitoral, edição de minuta de decreto para intervir no Judiciário e pressão sobre comandantes militares.

O STF agora avança para a fase final da tramitação do caso, decidindo o futuro político e criminal dos aliados de Bolsonaro.

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