PT recusa evento com big techs enquanto Lula cobra militância influencer e PL multiplica seminários
Lula pede mobilização digital da esquerda em meio ao avanço da direita nas redes sociais. O PT enfrenta resistência interna para implementar treinamentos que ajudem a melhorar sua comunicação e engajamento online.
Lula propõe uma revolução digital para a militância da esquerda em evento no dia 1º de junho, enfatizando a necessidade de se destacar nas redes sociais, onde a direita possui mais engajamento.
O Partido dos Trabalhadores (PT) enfrenta desafios internos para implementar essa estratégia, após ter engavetado um projeto similar devido a resistência interna.
Enquanto o Partido Liberal (PL), que apoia Jair Bolsonaro, promove seminários com empresas de tecnologia para aprimorar a comunicação digital, o PT não avançou com iniciativas semelhantes. Influenciadores como Bolsonaro e seu filho, Carlos, têm se destacado nesses treinamentos.
O PL já organizou dois seminários com profissionais de tecnologia, onde jovens parlamentares compartilharam táticas eficazes nas mídias sociais, contrastando com os treinamentos que o PT deveria ter recebido de empresas como Meta e Alphabet.
A deputada Luizianne Lins (PT-CE) acionou autoridades acusando o PL de treinar ativistas com o apoio das big techs, alegando uma aliança para turbinar a campanha eleitoral de 2026.
Apesar da resistência, muitos dirigentes do PT defendem a necessidade de um curso sobre redes sociais. O secretário de Comunicação do PT, Jilmar Tatto, reafirmou que a formação será buscada assim que possível, inclusive com plataformas chinesas como TikTok.
A situação é preocupante para Lula, especialmente após uma pesquisa do Datafolha que revelou que 40% da população considera seu governo ruim ou péssimo, refletindo a urgência por melhores estratégias de comunicação.
Kent Walker, do Google, esclareceu que a empresa oferece treinamento imparcial para todos os partidos, incluindo o PT, e que a percepção de uma relação exclusiva com a direita é um mal-entendido.