PSDB aprova fusão com o Podemos em meio à desidratação e saída de governadores

PSDB aprova fusão com o Podemos. A decisão foi unânime durante a convenção nacional em 5 de outubro, com 201 votos a favor, 2 contrários e 2 abstenções.

A fusão ocorre em um momento de desidratação do PSDB, que já foi um partido dominante sob a liderança de Fernando Henrique Cardoso, mas hoje conta com uma bancada reduzida no Congresso. Recentemente, governadores como Eduardo Leite (RS) e Raquel Lyra (PE) deixaram o partido.

O Podemos deve votar para aprovar a fusão, e a expectativa é que não haja objeções. No entanto, não há garantias sobre o nome ou líder do novo partido, devido à federativa com o Cidadania até 2026.

O presidente do PSDB, Marconi Perillo, destacou que esta é apenas a primeira etapa do processo, e não há definições sobre o nome ou a presidência do novo partido.

Aécio Neves, ex-presidente do PSDB, afirmou que a partir da próxima semana as conversas com o Podemos serão retomadas para discutir questões de governança e estaduais.

A fusão busca somar as bancadas e evitar a cláusula de barreira, que limita o acesso a fundos partidários. Diferente de uma federação, a fusão é permanente.

Se aprovada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a nova sigla terá um fundo partidário de R$ 90 milhões para 2025 e começará com 28 deputados federais e 7 senadores.

O PSDB enfrenta desafios após obter resultados fracos nas últimas eleições, possuindo atualmente apenas 13 deputados e 3 senadores. Há preocupação sobre atingir a cláusula de barreira nas próximas eleições.

Antes da fusão com o Podemos, o partido avaliou unir-se ao PSD e ao MDB, mas ambas as negociações foram abortadas. Além da fusão, o PSDB planeja formar uma federação com outros partidos, como Solidariedade, MDB e Republicanos, envolvendo líderes nacionais nas discussões.