Protestos na Argentina terminam em confronto com a polícia
Confrontos em Buenos Aires destacam a tensão entre o governo Milei e manifestantes por cortes em benefícios previdenciários. A resposta policial rigorosa gerou polêmica entre opositores e apoiadores do governo.
Protestos em Buenos Aires nesta quarta-feira, 12 de março de 2025, resultaram em confrontos entre manifestantes e a Polícia Federal Argentina (PFA).
Os protestos foram organizados por aposentados e torcidas de clubes de futebol contra medidas do governo de Javier Milei, incluindo cortes em benefícios previdenciários.
Resultados dos confrontos:
- 60 pessoas presas
- 6 agentes feridos (3 da PFA e 3 da Prefeitura Naval Argentina)
As forças de segurança usaram gás lacrimogêneo, balas de borracha e caminhões hidrantes para dispersar os manifestantes. A ministra da Segurança Nacional, Patricia Bullrich, afirmou que o governo tem uma política de tolerância zero em relação aos protestos.
No centro da cidade, os manifestantes bloquearam a avenida Rivadavia, cantando contra a repressão policial. A reação à repressão gerou apoio aos aposentados de torcedores de clubes como Boca Juniors, River Plate e outros.
Medidas governamentais: O Ministério da Segurança Nacional anunciou punições rigorosas, incluindo prisão para quem obstruísse vias ou serviços públicos.
Líderes da oposição criticaram o governo, enquanto apoiadores de La Libertad Avanza defendiam a abordagem do governo. O senador Martín Lousteau acusou Milei de realizar um "ajuste cruel sobre os aposentados". Por outro lado, Bartolomé Abdala afirmou que os manifestantes eram parte de torcidas organizadas com motivações políticas.