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Proteção a oceanos espera entrar no centro das discussões da COP30

A Conferência do Clima em Belém promete destacar a importância dos oceanos nas discussões sobre adaptação climática. Especialistas esperam que a meta 30X30 se torne um indicador essencial das políticas globais para preservar a biodiversidade marinha e enfrentar as mudanças climáticas.

O Brasil terá um papel central na COP30, conferência do clima a ser realizada em Belém, destacando a conservação do oceano como um item importante nas negociações.

A expectativa é que a meta 30 X 30 do marco global da biodiversidade seja incluída como indicador da Meta Global de Adaptação (GGA), que busca aumentar a resiliência das cidades e populações vulneráveis.

A meta 30 x 30, estabelecida em 2022, compromete os mais de 190 países signatários a reservar 30% das zonas marinhas e áreas terrestres para proteção até 2030. Especialistas desejam que essa meta seja incorporada às estratégias de adaptação climática.

Marina Corrêa, da WWF-Brasil, ressalta o potencial das ações baseadas no oceano para mitigação e adaptação às mudanças climáticas.

O Brasil possui 190 unidades de conservação, cobrindo 26,7% de sua Zona Econômica Exclusiva (ZEE). As áreas marinhas protegidas ajudam a conservar a biodiversidade e suportam a vida das comunidades costeiras.

As áreas protegidas incluem os arquipélagos de Trindade e Martin-Vaz e de São Pedro e São Paulo, abrangendo cerca de 900 mil km² - mais que a área combinada de países como França e Reino Unido.

Masha Kalinian, da The Pew Charitable Trusts, afirma que a COP30 será uma chance para o Brasil evidenciar seu compromisso com a meta 30X30 e a importância do oceano na absorção de carbono.

No Plano Clima do Brasil, estão incluídas metas como a limitação da pesca e a recuperação de ecossistemas marinhos. A diretora Ana Paula Prates destacou o progresso do governo em colocar o tema oceânico em evidência.

O diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Oceânicas, Segen Stefen, alerta para a necessidade de proteção das águas internacionais, que representem cerca de dois terços do oceano global.

Um novo tratado foi firmado em 2023 para proteger a biodiversidade em águas internacionais, exigindo adesão de pelo menos 60 países para entrar em vigor.

A UNOC3, Conferência das Nações Unidas sobre os Oceanos, vai reunir líderes globais para discutir saúde e proteção dos oceanos, visando adotar a Declaração Política de Nice para integrar essa proteção nas agendas nacionais.

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