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Proposta para calibrar IOF é ‘remendo um pouco melhor’, avalia Samuel Pessôa

Ministro propõe Medida Provisória para compensar queda na arrecadação do IOF, com foco em novas tributações. Economista aponta que as medidas são paliativas e devem ser analisadas com cautela pelo Congresso.

Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, propõe Medida Provisória (MP) para compensar perda de arrecadação com o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).

Samuel Pessôa, economista da FGV/IBRE, descreve a proposta como um “remendo um pouco melhor” para a economia, ressaltando que as novas medidas são neutras em termos de arrecadação, mas positivas para a eficiência econômica.

As mudanças incluem aumentar a tributação de empresas de jogos online de 12% para 18% e cobrar impostos de títulos de renda fixa atualmente isentos, buscando assim manter a arrecadação e diminuir o rombo fiscal.

Ainda não há detalhes completos da MP, mas as propostas surgem em resposta a críticas após o anúncio de 22 de maio e o recuo em parte das medidas.

Pessôa avisa que, embora tenham sido discutidas com lideranças do Congresso, a aprovação não é garantida.

Ele critica a ênfase do governo em aumentar a arrecadação em vez de cortar gastos, chamando o IOF de um “remendo horroroso”. Segundo ele, a resistência dos congressistas em cortar suas próprias emendas torna as mudanças mais desafiadoras.

Pessôa considera a MP uma solução de curto prazo, ressaltando que a questão fiscal precisará ser enfrentada em 2027, independentemente das eleições.

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