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Promotor vai investigar invasão de prédio do Itaú na Faria Lima

Promotor investiga invasão do Itaú BBA por manifestantes que pediam taxa sobre super-ricos. A ação é enquadrada como possível crime de ocupação irregular, com implicações legais para envolvidos, inclusive autoridades.

Cassio Roberto Conserino, do Ministério Público Estadual de São Paulo, abriu um procedimento investigatório criminal em 15.jul.2025 para apurar a invasão de manifestantes do edifício Faria Lima 3500, sede do Itaú BBA. A investigação pode se enquadrar no artigo 202 do Código Penal, que penaliza ocupações que impeçam ou embaraçam o trabalho normal.

Dezenas de ativistas, principalmente da frente Povo Sem Medo, invadiram o prédio em 3 de julho, com faixas e cartazes dizendo: “O povo não vai pagar a conta” e “Taxação dos super ricos já!”. A frente justificou a manifestação pedindo “justiça tributária e inclusão dos milionários no Imposto de Renda”. O advogado Felipe Vono também participou do ato, integrando o MTST.

No despacho, Conserino afirmou que “invasão, violência, ameaça e depredação se tornam crimes”, independentemente das justificativas. O promotor destacou que eventuais mandatários políticos poderão ser investigados, mas não citou nomes.

Indicado em um contexto de intensas disputas políticas, a manifestação ocorreu após a derrubada do aumento do IOF pelo Congresso em 25 de junho, parte das medidas do governo para aumentar a arrecadação. Lula, um dia antes da invasão, reforçou a campanha de taxação de super-ricos durante um evento em Salvador.

No dia 10 de julho, movimentos sociais e partidos de esquerda realizaram um ato na avenida Paulista que reuniu 15.100 pessoas, protestando contra tarifas anunciadas por Trump e criticando o Congresso como “inimigo do povo”.

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