‘Promoção de golfinhos’: aquário nos EUA mergulha em crise e coloca animais à venda
A Dolphin Company busca vendas para garantir a sobrevivência financeira de seus parques aquáticos. A empresa enfrenta dificuldades, com custos elevados para cuidar de seus 2.400 animais e conflitos administrativos em meio à recuperação judicial.
A operadora de parques aquáticos The Dolphin Company (TDC) anunciou que irá vender centenas de golfinhos e outros mamíferos marinhos devido à falência e dificuldades financeiras. A empresa busca aprovação judicial para a venda, alegando liquidez limitada e altos custos de cuidados para seus cerca de 2.400 animais.
A TDC, que opera mais de 30 atrações em oito países, entrou com pedido de Chapter 11 em março, após operações nos EUA serem assumidas por consultores apoiados por credores. Em 2023, a empresa possuía 295 golfinhos, 51 leões-marinhos, 18 peixes-boi e 18 focas, segundo registros judiciais.
Recentemente, a TDC anunciou o fechamento de um parque na Flórida após mortes de golfinhos e investigações sobre abusos de animais sob a administração anterior. A venda dos animais é vista como uma maneira de gerar valores significativos e melhorar sua segurança e bem-estar.
É importante ressaltar que qualquer venda de ativos requer aprovação judicial, podendo acontecer em meio a batalhas legais com o ex-diretor executivo Eduardo Albor, que ainda controla partes da operação nos parques do México. Receitas de ingressos estão em disputa, e Albor foi multado em US$ 10.000 por dia por interferência nas operações.
A TDC, com uma longa história como corporação multinacional, perdeu controle devido a débitos acumulados que ultrapassam US$ 100 milhões.