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Projeções otimistas caem por terra: analistas cortam alvos do S&P 500 com tarifas

Analistas de Wall Street ajustam suas projeções do S&P 500, refletindo a crescente preocupação com as tarifas comerciais e o impacto na economia global. As revisões indicam uma possível queda acentuada do índice, já que o medo de uma recessão se intensifica entre os investidores.

Analistas de Wall Street revisam projeções para ações dos EUA devido ao risco das tarifas propostas pelo presidente Donald Trump.

John Stoltzfus, da Oppenheimer & Co., cortou sua estimativa para o S&P 500 de 7.100 para 5.950 pontos.

Michael Wilson, do Morgan Stanley, prevê uma queda de 7% a 8% no índice se o governo mantiver a postura firme sobre tarifas.

Outros analistas, como do Evercore ISI, Goldman Sachs e Société Générale, também reduziram suas projeções.

Em nota, Stoltzfus ressaltou que o nível de incerteza "é difícil de aceitar" e observou uma “narrativa negativa” no mercado.

A nova estimativa ainda sugere uma alta de 17% até o fim do ano, mas executivos estão mais cautelosos.

Os futuros do S&P 500 recuaram 5,4% na segunda-feira, somando perdas superiores a US$ 5 trilhões em valor de mercado nos dois últimos pregões.

A queda foi provocada pelo anúncio de Trump sobre uma tarifa de 10% sobre todas as importações, resultando em tensões comerciais com a China e a União Europeia.

Na Europa, o Stoxx 600 caiu 6,5%; na Ásia, o índice MSCI teve queda de mais de 8%, o pior desempenho desde 2008.

O índice de volatilidade CBOE ultrapassou 60 pontos.

Os economistas do Goldman Sachs agora estimam 45% de chance de recessão em 12 meses.

Investidores buscam sinais de cortes de juros mais rápidos pelo Federal Reserve. Trump pressionou o Fed a agir, mas Jerome Powell indicou que os juros devem permanecer estáveis.

Wilson prevê nova queda de 7% a 8%, levando o S&P 500 para cerca de 4.700 pontos.

Julian Emanuel, do Evercore ISI, reduziu sua projeção para o S&P 500 para 5.600 pontos, e revisou para baixo os lucros por ação para US$ 255 em 2025 e US$ 272 em 2026.

Emanuel destacou a turbulência do momento, comparando a situação às implicações das tarifas de Smoot-Hawley da década de 1930.

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