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Proibição de aluguel por temporada em imóveis populares em SP afeta mercado de estúdios

Novas regulamentações da prefeitura de São Paulo restrigem locações de curta temporada em imóveis de habitação popular, impactando o mercado de "short stay". A mudança visa garantir que essas moradias atendam realmente às famílias de baixa renda e pode provocar reavaliações nos fundos de investimento imobiliário.

Apostar em apartamentos compactos para locação de curta temporada em São Paulo começa a perder força devido às novas regras da prefeitura. Proprietários de imóveis de moradia popular não poderão mais operar no modelo "short stay".

O modelo era popular entre investidores visando plataformas como Airbnb, oferecendo rentabilidade até 50% superior ao aluguel convencional, especialmente em unidades de até 40 m².

Com a nova medida, imóveis classificados como HIS e HMP estão proibidos de locações por temporada desde 30 de maio. Essas moradias são destinadas a famílias com rendas específicas, garantindo a ocupação por baixa renda e combatendo fraudes habitacionais.

A multa para quem descumprir as regras inclui o valor do incentivo fiscal recebido, além de possíveis punições para as empresas envolvidas.

A Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento já aplicou mais de R$ 31 milhões em multas por não conformidade. Apesar do argumento do Airbnb sobre a legalidade do aluguel por temporada, a prefeitura enfatiza a necessidade de uso responsável.

Especialistas afirmam que a mudança regulatória pode impactar a geração de receitas e levar a uma reavaliação de portfólios de FIIs (Fundos de Investimento Imobiliário). Entretanto, a maioria dos fundos investindo em imóveis compactos está fora dessas faixas, o que mitiga o impacto.

Alternativas incluem migração para locações de longo prazo ou venda de ativos. Para empreendimentos fora das faixas HIS e HMP, a demanda por "short stay" persiste, porém com regulamentação mais rigorosa.

Empresas como a Conviva e Housi já estão ajustando suas estratégias. A Abrainc está em diálogo com a prefeitura para garantir a eficácia das políticas habitacionais sem desestabilizar o mercado.

A regulamentação em São Paulo é parte de um movimento global e a validade das locações por temporada em condomínios no Brasil ainda aguarda definição no STJ.

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