Programa de renegociação das dívidas do estados começa nesta terça-feira, diz Tesouro
Estados têm a oportunidade de renegociar dívidas com a União a partir de terça-feira, visando reduzir juros e viabilizar investimentos em áreas essenciais. O Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados traz contrapartidas e estratégias para a amortização dos débitos.
Programa de renegociação de dívidas dos estados começa nesta terça-feira (15)
O Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados (Propag) será publicado nesta data, conforme anunciou o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron.
A partir de agora, os estados podem aderir ao programa, que exige a promulgação de lei estadual para autorização.
O Propag oferece uma alternativa para retomar pagamentos das dívidas com a União, com juros reais variando entre 0% e 2%.
Algumas contrapartidas para os estados incluem:
- A renúncia de juros pela União para investimentos em áreas como educação e segurança;
- Aporte de parte dos recursos no Fundo de Equalização Federativa (FEF) para outros estados;
- A constituição do Fundo Garantidor Federativo (FGF), garantindo operações de crédito dos estados.
Os estados poderão também amortizar dívidas com a transferência de ativos para o governo federal.
O custo do Propag será de cerca de R$ 20 bilhões ao ano, mas pode variar conforme a adesão dos estados.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou em janeiro uma lei com regras flexíveis para o pagamento das dívidas, vetando trechos que impactariam o resultado primário do governo.
A renegociação da dívida dos estados é uma tentativa que se estende desde 1993, com o atual Regime de Recuperação Fiscal (RRF) sendo incompatível com o Propag.
Os estados no RRF incluem:
- Rio de Janeiro
- Minas Gerais
- Rio Grande do Sul
- Goiás
Para aderir ao Propag, esses estados devem solicitar a exclusão do RRF.