Produtores rurais do RS ameaçam paralisação para renegociar dívidas
Produtores rurais do Rio Grande do Sul intensificam protestos exigindo renegociação de dívidas e prometem paralisar atividades nesta sexta-feira. As manifestações ocorrem devido ao impacto das estiagens e enchentes, que comprometeram a colheita e o acesso a novos créditos.
Produtores rurais do Rio Grande do Sul realizam manifestações há duas semanas reivindicando a renegociação de dívidas com a União.
No dia 30 de maio, um ato está marcado para intensificar as protestos.
- Máquinas agrícolas foram expostas nas rodovias.
- Faixas com o pedido “Securitização Já!” foram exibidas.
Com os atrasos nos pagamentos, os trabalhadores não conseguem novos créditos, como do Plano Safra.
O produtor Carlos Seeger afirmou que as manifestações são pacíficas, mas sem resultados, uma vez que o CMN (Conselho Monetário Nacional) não publicou a prorrogação.
Seeger convocou um ato para 30 de maio e destacou que não houve resposta dos governantes.
O senador Luis Carlos Heinze mencionou a frustração dos trabalhadores, enquanto o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, disse que a resolução para a prorrogação está sendo finalizada.
A Farsul e a Fetag-RS realizaram mobilizações exigindo respostas concretas do governo.
O deputado Heitor Schuch mencionou negociações com os ministros de Lula e a necessidade de uma votação no CMN para proteção dos produtores rurais.
Heinze alertou que o congelamento de R$ 31 bilhões no orçamento pode afetar as negociações e que os produtores enfrentam grandes perdas devido às estiagens e enchentes.
Um projeto de lei para renegociação de dívidas, devido a eventos climáticos desde 2021, já foi aprovado na Comissão de Agricultura.
No dia 24 de maio, a produtora Luciane Agazzi declarou em vídeo a disposição dos trabalhadores para pagar suas dívidas, desde que tenham condições para isso.
Imagens das manifestações foram divulgadas, destacando o clamor da agricultura local com a frase “Agricultura pede socorro”.