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Produtores de ferro-gusa pedem que governo amplie prazo para negociar com Trump

Produtores brasileiros de ferro-gusa buscam negociação com os EUA para evitar tarifas onerosas. Especialistas alertam que a medida poderia prejudicar a competitividade do Brasil e a transição para práticas sustentáveis.

Produtores de ferro-gusa de Minas Gerais, Espírito Santo e Mato Grosso do Sul solicitaram ao governo federal a manutenção das negociações com os EUA para evitar a tarifa de 50% sobre as exportações brasileiras, prevista para 1º de agosto.

Representados pelo Sindifer, esses industriais buscam um acordo que evite tarifas recíprocas. Fausto Varela Cançado, presidente do Sindifer, destacou que 89% do ferro-gusa exportado pelo Brasil no primeiro semestre deste ano foi para os EUA.

Em 2024, o Brasil produziu 5,1 milhões de toneladas de ferro-gusa, com 3,8 milhões em Minas Gerais, sendo 73,3% deste total exportado. Cançado afirmou que a maior parte do ferro-gusa consumido nos EUA provém do Brasil e da Ucrânia, sendo que o redirecionamento para outros fornecedores é desafiador.

Os clientes americanos estão preocupados com a sobretaxa, e Cançado defendeu que o governo brasileiro trate deste assunto. Ele afirmou: “Não queremos reciprocidade, seria um risco”. Também pediu que o prazo para a tarifa seja prorrogado e que se busque reverter a aplicação da taxa.

O ferro-gusa do Sindifer é produzido com carvão vegetal de florestas plantadas, o que diminui a emissão de carbono e oferece uma vantagem competitiva no mercado global. Cançado ressaltou que a origem sustentável do produto pode atrair os EUA, se forem forçados a mudar de fornecedores.

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