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Procurador pede que TCU investigue responsabilidades sobre as fraudes no INSS

Procurador de contas pede investigação sobre descontos indevidos no INSS. TCU pode instaurar apuração em diversas esferas contra supostos envolvidos após denúncias de irregularidades.

Procurador de contas Lucas Furtado solicita ao TCU apuração sobre descontos não autorizados em benefícios do INSS.

O pedido, feito em representação nesta quinta-feira (24), busca investigar responsabilidades nas esferas administrativa, civil, penal e política pelos envolvidos.

Furtado ressaltou que o assunto envolve agentes públicos e desvio de finalidade. Ele frisou que a situação pode violar princípios da administração pública, como legalidade e moralidade.

O procurador citou que os descontos indevidos em proventos não respeitaram normas que exigem autorização expressa dos segurados, sugerindo a responsabilização do INSS.

Furtado pede que o TCU trabalhe em conjunto com a Polícia Federal e o Ministério Público Federal devido à gravidade do caso.

Ele enfatizou a necessidade da intervenção do TCU, apesar das investigações em andamento, para responder ao escândalo.

O TCU havia realizado uma auditoria em junho de 2024, identificando irregularidades em R$ 91 bilhões em descontos, com medidas cautelares para proteger os beneficiários.

O presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, foi demitido após a operação Sem Desconto da PF e CGU, visando combater descontos não autorizados.

Entre 2019 e 2024, os descontos ilegais somaram aproximadamente R$ 6,3 bilhões. As investigações concentram-se em entidades de classe que firmaram Acordos de Cooperação com o INSS.

Uma auditoria da CGU revelou que muitas dessas entidades não tinham infraestrutura adequada e 72% não forneceram documentação completa ao INSS.

Onze dessas entidades enfrentaram medidas judiciais e os pagamentos estão suspensos.

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