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Procon e especialistas alertam governo sobre riscos de fusão entre Gol e Azul

Procon-SP alerta sobre riscos de fusão entre Gol e Azul, apontando possíveis danos à concorrência e ao consumidor. Relatório destaca aumento de preços e redução de rotas como principais preocupações.

Negociação de fusão entre Gol e Azul preocupa órgãos de defesa do consumidor.

No início do mês, o Procon-SP enviou relatório ao governo federal, alertando sobre impactos à livre concorrência caso a fusão se concretize.

O documento foi encaminhado ao Cade, Anac e Secretaria Nacional do Consumidor. Especialistas avaliaram que a fusão poderia resultar em uma empresa com 62% do mercado doméstico, criando um "duopólio de fato" com a Latam.

Em Campinas, a nova companhia teria quase 100% das operações. Isso geraria aumento de preços e redução de ofertas, segundo a especialista Lucia Ancona Lopez de Magalhães Dias.

O histórico do Cade mostra que concentrações no setor elevaram os preços das passagens, de 8% para 17%.

Outro especialista, Cleveland Prates Teixeira, alertou que a fusão dificultaria a entrada de novos concorrentes, favorecendo práticas anticompetitivas.

Flavia Lira, do Procon-RJ, listou três preocupações: eliminação de rotas, aumento de preços e redução da qualidade dos serviços.

O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, também criticou a fusão, levantando preocupações sobre concentração de mercado.

A Azul se recupera judicialmente nos EUA, enquanto a Gol teve seu plano de reorganização aprovado. Ambas as empresas declararam estar cooperando com as autoridades.

Atualmente, Gol e Azul mantêm um acordo de codeshare, que gera atenção do Cade devido a riscos de concentração de mercado.

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