HOME FEEDBACK

Problema da inflação não está no Banco Central, diz Campos Neto

Roberto Campos Neto defende o Banco Central em meio a críticas sobre a alta da Selic. Ele aponta que as políticas do governo Lula aumentam a inflação estrutural e destaca a importância de estimular investimentos para um crescimento sustentável.

Roberto Campos Neto, ex-presidente do Banco Central, afirmou que o “problema” da economia brasileira não está na autoridade monetária. Ele comentou sobre a taxa Selic, atualmente em 14,25% ao ano, e destacou que as ações do governo Lula aumentam a inflação estrutural.

Campos Neto disse que o governo poderia ter ajustado a meta de inflação, mas decidiu mantê-la em 3% (intervalo de tolerância até 4,5%). Em declarações anteriores, ele indicou que mudar essa meta não é uma opção viável.

Atualmente, Campos Neto está em quarentena de 6 meses após deixar o cargo em dezembro de 2024. Ele participou do programa Pânico, na Rádio Jovem Pan. A projeção do PIB para 2025 foi diminuída de 2,1% para 1,9%, com o Banco Central indicando a desaceleração da economia como necessária para controlar a inflação.

O ex-presidente afirmou que o governo Lula está realizando gastos sociais benéficos a curto prazo, mas que, no longo prazo, prejudica o controle da inflação, pedindo atenção à porta de saída desses investimentos.

Campos Neto alertou que a continuação dos estímulos sem um aumento de investimentos levará a uma inflação aumentada e uma necessidade de uma carga tributária maior. Ele criticou a falta de investimentos por parte do governo, classificando a situação como uma armadilha que pode causar inflação estrutural.

A Dívida Bruta do Governo Geral subiu para 76,2% do PIB em fevereiro, refletindo problemas fiscais. Campos Neto também comentou sobre as tarifas comerciais do presidente Donald Trump, prevendo incertezas econômicas e mudanças na cadeia de produção.

Ele concluiu que o futuro será de uma economia digital, com uma possível conectividade entre nações semelhante ao Pix global. Campos Neto atribuiu a criação do sistema de pagamentos instantâneos aos funcionários da autoridade monetária.

Leia mais em poder360