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Prio: como aquisição bilionária do campo de Peregrino pode impulsionar a empresa

A PRIO conclui a compra de 60% do campo de Peregrino da Equinor por até US$ 3,5 bilhões, aumentando sua capacidade de produção em 100 mil barris por dia. A expectativa é que a operação, planejada para ser finalizada entre 2025 e 2026, fortaleça a empresa como uma forte pagadora de dividendos no futuro.

PRIO adquire campo de Peregrino por até US$ 3,5 bilhões

A PRIO (PRIO3) fechou a compra da fatia restante do campo de Peregrino, da Equinor. A transação será de até US$ 3,5 bilhões.

Antes, a PRIO já detinha 40% do campo, adquirindo a parte da Sinochem em setembro de 2022. A conclusão da transação está prevista entre final de 2025 e meados de 2026.

A empresa financiará com recursos em conta corrente e geração de caixa, prevendo um aumento temporário na alavancagem. As ações da PRIO subiram 8,07% na B3, reduzindo as perdas anuais para 10%. Nos últimos cinco anos, a valorização foi de 800%.

O campo de Peregrino começou a produção em 2011, operando 27 poços com média de 100 mil barris por dia. Com a nova aquisição, a produção pode aumentar em mais 60 mil bpd, totalizando 202 milhões de barris em reservas.

Analistas do Citi consideram a transação surpreendente, enquanto o BTG Pactual a vê como um passo estratégico, mesmo em meio à volatilidade geopolítica. O preço da aquisição sugere uma avaliação de US$ 5,8 bilhões do campo, mas ajustes financeiros indicam um desembolso real de aproximadamente US$ 2,5 bilhões.

A operação será realizada em duas etapas: US$ 2,23 bilhões por 40% e até US$ 166 milhões em earn-outs. A PRIO também pagará até um total de US$ 150 milhões em juros.

Com a operação, a PRIO se projeta como quarta maior produtora do Brasil, avançando no campo de Wahoo na bacia de Campos, que pode adicionar 40.000 bpd.

Embora a PRIO tenha "ampla capacidade" operacional, o ambiente global de petróleo e gás apresenta riscos devido à volatilidade dos preços.

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