Principais compradores dos EUA, Canadá e México buscam acordo na reta final do prazo
Altos representantes de aliados comerciais dos EUA tentam evitar novas tarifas, mas enfrentam resistência do presidente Trump. O Canadá, segundo maior parceiro comercial dos EUA, está em risco de não fechar um acordo devido a tensões sobre a Palestina.
Altos funcionários de parceiros comerciais dos EUA se reuniram em Washington para negociações urgentes com o presidente Donald Trump, a menos de 24 horas de novas tarifas serem impostas.
Representantes do Canadá e do México estavam em conversas intensas, mas Trump complicou o acordo com o Canadá ao mencionar o apoio deste país à criação do Estado da Palestina.
De acordo com Trump, isso torna difícil um consenso: "Isso tornará muito difícil para nós fazermos um acordo comercial com eles", afirmou em sua rede social Truth Social.
O primeiro-ministro canadense, Mark Carney, indicou que um acordo é improvável, enquanto o Canadá reconhece a Palestina.
O Canadá, segundo maior parceiro comercial dos EUA, enfrenta tarifas sobre produtos como aço, alumínio e veículos.
As tarifas: ainda não confirmada para o Canadá, mas rumores de uma sobretaxa de 35%; o México terá 30%, a partir de 1º de agosto.
Trump afirmou que o prazo não será prorrogado e pressionou acordos com a UE e o Japão.
Não há acordo com a Índia, que enfrenta uma tarifa de 25%.
Diplomatas passaram semanas nas negociações, mas o impacto das decisões finais cabe a Trump, que revelou rejeitar propostas favoráveis.
O presidente também está avaliando a guerra comercial com a China, após recentes conversas em Estocolmo.
Os parceiros têm até 0h01 de sexta-feira (horário de Nova York) para fechar acordos antes da reimposição de tarifas.
Até agora, Trump está longe de cumprir a promessa de 90 acordos em 90 dias, com apenas sete países e a União Europeia tendo chegado a um consenso.