Primeiro preso da Lava-Jato pede para ser beneficiado pela decisão do STF que anulou condenações de Youssef
Doleiro Carlos Chater solicita ao STF extensão de decisão que anula condenações da Lava-Jato, argumentando parcialidade do ex-juiz Sergio Moro. A demanda visa garantir direitos semelhantes aos concedidos a Alberto Youssef, destacando conluio processual na operação.
Carlos Habib Chater, doleiro preso na Lava-Jato em 2014, pediu ao ministro Dias Toffoli do STF que estenda os efeitos da decisão que anulou condenações de Alberto Youssef.
A decisão de Toffoli, que ocorreu na terça-feira (15), reconheceu um conluio processual entre o ex-juiz Sergio Moro e procuradores, prejudicando Youssef. Chater alega ter sido alvo da mesma prática.
O pedido, assinado pelos advogados Valério Pedroso Gonçalves e Fabiano de Almeida, argumenta a parcialidade de Moro e o conluio em relação a Chater. O advogado Rogerio Taffarello acredita que outros investigados podem fazer pedidos similares, dada a base comum do processo contra Youssef.
Na decisão, Toffoli destacou que a atuação de Moro "extrapolou todos os limites" e afirmou que o combate à corrupção não justifica violações legais.
Toffoli já anulou atos da Lava-Jato relacionados a outros investigados, incluindo Marcelo Odebrecht, Léo Pinheiro, Antonio Palocci e Paulo Bernardo, sempre alegando parcialidade de Moro.
O presidente Lula, que também foi condenado, foi beneficiado por decisões semelhantes.