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Primeiro-ministro do Japão, enfraquecido nas urnas e sob pressão de 'Trump japonês', nega rumor de renúncia

Apesar da pressão interna e rumores de renúncia, Shigeru Ishiba reafirma sua intenção de continuar como primeiro-ministro do Japão. A recente perda de maioria na Câmara Alta e o avanço do partido ultradireitista Sanseito complicam sua situação no poder.

Primeiro-ministro do Japão, Shigeru Ishiba, reafirma intenção de permanecer no cargo após perda da maioria na Câmara Alta nas eleições de domingo (20).

Rumores sobre uma possível renúncia surgiram após um acordo comercial com os EUA, que reduziu tarifas de Donald Trump sobre o Japão de 24% para 15%. Ishiba, de 68 anos, negou declarações sobre deixar o cargo.

Relatórios indicam que ele pode renunciar até o final de agosto, mas não houve confirmação oficial. A pressão vem até de correligionários do Partido Liberal Democrático (PLD).

Ishiba declarou que está focado em "negociações extremamente cruciais" com os EUA, com prazo final para o acordo em 1º de agosto.

A queda do governo menos de um ano após a posse provocaria uma disputa por sucessão dentro do PLD, que enfrenta desafios de novos partidos, especialmente o Sanseito, que se tornou a quarta maior bancada da oposição.

O Sanseito, que ganhou 14 cadeiras, prometeu redução de impostos e alívio financeiro, atraindo eleitores insatisfeitos com a economia. O partido, que começou como um canal no YouTube focado em teorias da conspiração, busca seguir o modelo de partidos populistas europeus.

Kamiya, secretário-geral do Sanseito, critica políticas de igualdade de gênero e pretende combater a imigração, alinhando-se às tendências populistas. O governo japonês já anunciou ações contra "crimes de estrangeiros".

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