Previdência: uma bomba-relógio prestes a explodir
Especialistas alertam para a iminente crise da previdência social no Brasil, destacando a necessidade urgente de reformas estruturais. O desequilíbrio entre contribuintes e beneficiários torna o sistema insustentável, exigindo ações imediatas para garantir a viabilidade do futuro previdenciário.
Crise da Previdência Social no Brasil está se tornando insustentável, conforme alertam especialistas. Um ex-presidente do Banco Central caracteriza o sistema como uma bomba prestes a explodir, com previsão de colapso em 10 anos, caso não haja reformas.
Essa crise se deve a diversos fatores:
- Reformas previdenciárias mal conduzidas (4 em 30 anos)
- Mudança demográfica rápida e previsível
- Inadequação das regras atuais ao mercado de trabalho e à longevidade
Atualmente, o deficit da previdência é coberto por recursos do Tesouro Nacional, o que agrava o deficit fiscal e compromete investimentos essenciais do Estado.
O modelo de repartição, onde trabalhadores da ativa financiam aposentados, está insustentável, com menos contribuintes para um número crescente de beneficiários.
A EC 20 de 1998 trouxe mudanças significativas, mas faltou a idade mínima para aposentadoria, corrigida apenas com a EC 103 de 2019. No Brasil, a idade mínima permanece inferior a 60 anos, em contraste com países desenvolvidos que adotam 65 anos ou mais.
Para reequilibrar a previdência, existem quatro opções:
- Aumentar a alíquota de contribuição
- Reduzir o valor dos benefícios
- Ampliar o tempo de serviço
- Combinar essas estratégias
Aumentar a idade mínima é visto como o caminho mais justo e eficiente. É necessário também estender o tempo de permanência dos militares na ativa por pelo menos 5 anos, mas isso deve se aplicar também a servidores públicos e membros do Judiciário.
As fraudes no sistema previdenciário são um desafio significativo. Apesar de serem amplamente reconhecidas, as medidas para combatê-las ainda são tímidas, apesar dos avanços tecnológicos que permitem controle e rastreamento.
Reformas estruturais são urgentes para garantir a sustentabilidade do sistema e a aposentadoria das futuras gerações. Demoras nas decisões só aumentarão os custos sociais. A necessidade de ação é imediata, ou a conta será impagável.