Prévia da inflação desacelera para 0,36% em maio, mas remédios e conta de luz têm alta
O aumento da inflação em maio foi puxado principalmente pela alta nas tarifas de energia elétrica. Apesar disso, grupos como alimentação e transporte apresentaram variações que indicam uma desaceleração em alguns preços.
IPCA-15 registra alta de 0,36% em maio
O IPCA-15, prévia da inflação oficial, subiu 0,36% em maio, segundo o IBGE. O resultado representa uma desaceleração em relação ao mês anterior, quando o índice foi 0,43%.
Em 12 meses, a inflação acumulada é de 5,40%. No acumulado de 2025 até maio, o índice soma uma alta de 2,80%.
A principal pressão de alta veio da energia elétrica residencial, que subiu 1,68%, contribuindo com 0,06 ponto percentual no índice geral, devido à bandeira tarifária amarela, que aumenta em R$ 1,885 a cada 100 kWh consumidos.
Sete dos nove grupos pesquisados apresentaram aumentos de preços:
- Alimentação e bebidas: desaceleração de 1,14% (abril) para 0,39% (maio). Quedas em: tomate (-7,28%), arroz (-4,31%) e frutas (-1,64%). Aumento em: batata-inglesa (21,75%) e cebola (6,14%).
- Transportes: queda de 0,29%, com destaque para passagens aéreas (-11,18%) e tarifas de ônibus urbano, como tarifa zero em Brasília (-17,20%) e Belém (-11,44%). Curitiba registrou -4,49% no transporte urbano.
- Combustíveis: etanol (+0,54%) e gasolina (+0,14%). A maior variação foi em Goiânia (0,79%) e a menor em Curitiba (0,18%).
O IPCA-15 utiliza a mesma metodologia do IPCA, com coleta de dados entre 15 de abril e 15 de maio. A pesquisa abrange famílias com rendimento de 1 a 40 salários-mínimos, em 11 regiões metropolitanas, além de Goiânia e Brasília.
A próxima divulgação, referente a junho, será em 26 de junho.