Previ reduz fatia na BRF e deve se manifestar em assembleia contra a forma da união com a Marfrig
Previ reduz participação na BRF e se opõe à proposta de fusão com a Marfrig. A assembleia-geral extraordinária, marcada para 18 de outubro, deve ser palco de debates acirrados entre acionistas.
A Previ, caixa de previdência dos funcionários do Banco do Brasil, está reduzindo sua participação nas ações da BRF, que deve ficar abaixo de 5%. Antes, era de 6,14%.
Entre os dias 13 e 16, a BRF comunicará ao mercado essa mudança. A Previ também se opõe à troca de ações proposta na fusão com a Marfrig, prevista para a assembleia-geral extraordinária em 18 de setembro.
A Previ mantém bom relacionamento com Marcos Molina, acionista da Marfrig, mas discorda dos termos que não atendem aos seus interesses, alinhando-se a outros minoritários.
Na fusão, acionistas da BRF receberão 0,8521 ações da Marfrig por cada ação da BRF, considerando pagamentos extraordinários de até R$ 6 bilhões.
Os proventos extraordinários são divididos em R$ 3,5 bilhões da BRF e R$ 2,5 bilhões da Marfrig. A relação de troca está sendo criticada por alguns acionistas, como a Previ, que se sentem em desvantagem.
Os acionistas que optarem por não integrar a nova companhia receberão R$ 19,89 por ação. Além disso, um pedido de adiamento de 30 dias para a assembleia foi apresentado pela Latache Capital, acionista minoritária da BRF.