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Pressionado por anistia, Hugo Motta afirma que decisão não é individual e adia pauta

Hugo Motta reafirma a necessidade de consenso entre líderes antes de pautar o projeto de anistia. A discussão sobre o tema enfrenta resistência no Colégio de Líderes e a prioridade atual da Câmara está em outras pautas.

Presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou que “ninguém tem o direito de decidir nada sozinho” em relação ao pedido de urgência do projeto de anistia aos envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro.

Motta sinalizou que o tema não será pautado de imediato, mesmo após o PL protocolar o requerimento com 262 assinaturas, superando o mínimo necessário.

Ele declarou: “Democracia é discutir com o Colégio de Líderes as pautas que devem avançar…” e ressaltou a necessidade de responsabilidade ao ocupar cargos.

A votação da urgência depende exclusivamente de Motta, que não é obrigado a incluir o tema na pauta. Há mais de 1.000 requerimentos semelhantes parados na Câmara.

O projeto gera tensão entre o PL e parlamentares do Centrão, com 146 signatários pertencentes a partidos que têm ministérios na Esplanada.

Na semana anterior, o líder do PL, Sóstenes Cavalcante (RJ), tentou discutir o tema, mas houve falta de consenso. Integrantes do Centrão afirmaram que “não há clima político” para a anistia.

Atualmente, Hugo Motta está de férias, e a condução dos trabalhos está a cargo do vice-presidente Altineu Côrtes (PL-RJ) ou do deputado Hildo Rocha (MDB-MA), que evitam acirrar o embate entre governo e oposição.

Por falta de apoio das lideranças, Sóstenes optou por reunir assinaturas individuais, gerando irritação no Centrão, que classificou a ação como um “blefe”.

Mesmo se a urgência for aprovada na Câmara, o projeto ainda precisa passar pelo Senado, onde o presidente da Casa, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), já sinalizou que a anistia não é uma prioridade.

Enquanto isso, o foco na Câmara permanece em pautas de impacto econômico e popular, como a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil.

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