Presídio de Collor em Maceió tem superlotação e condições “péssimas”
Penitenciária em Maceió apresenta condições precárias com superlotação que ultrapassa 100% da capacidade. Fernando Collor cumpre pena em cela especial, após ser condenado por corrupção na Lava Jato.
Ex-presidente Fernando Collor, 75 anos, foi preso na Penitenciária Masculina Baldomero Cavalcanti de Oliveira, em Maceió (AL), na 6ª feira, 25 de abril de 2025, após a rejeição do seu último recurso pelo STF. Ele cumpre pena de 8 anos e 10 meses por corrupção relacionada à operação Lava Jato.
O presídio está superlotado e em “péssimas condições”, segundo um relatório de 2022 do Mnpct (Mecanismo Nacional de Prevenção e Combate à Tortura). A capacidade é de 773 vagas, mas abriga 1.540 presos.
As condições incluem infiltrações, fios expostos e estrutura sanitária inadequada. Um esgoto é despejado a céu aberto, causando mau cheiro. O relatório afirma que o tratamento dos detentos é desumano, cruel e degradante.
Collor está em uma cela especial e, em audiência de custódia, preferiu permanecer em Alagoas. Sua defesa pediu prisão domiciliar devido a problemas de saúde, mas ele afirmou não ter doenças durante a audiência.
Colaboradores do governo alagoano divergem sobre a divisão dos módulos no presídio, que tem unidades para diferentes perfis de presos, incluindo um módulo para pessoas LGBTQIA+ e outro para aqueles com diploma de curso superior.
A condenação de Collor, ocorrida em 2023, está relacionada a um esquema de corrupção envolvendo R$ 20 milhões em propinas durante sua gestão como presidente, além de um processo de impeachment que aconteceu em 1992.