Presidentes de comissões suspensas por decisão de Motta se dizem 'censurados'
Presidentes de comissões legislativas criticam decisão de Hugo Motta que suspendeu funcionamento em período de recesso. Eles alegam ilegalidade e se dizem censurados, destacando a importância das votações programadas.
Presidentes de comissões da Câmara reclamaram de decisão do presidente Hugo Motta (Republicanos-PB), que proibiu o funcionamento das comissões durante o recesso parlamentar, classificada como “censura”.
O deputado Paulo Bilynskyj (PL-SP), presidente da Comissão de Segurança Pública, afirmou que a decisão impede a manifestação de opiniões. Ele alegou que a reunião estava aberta e com quórum quando Motta proibiu o funcionamento.
O líder do PL, Sóstenes Cavalcante (RJ), considerou a decisão “ilegal” e “antirregimental”. O deputado Felipe Barros (PL-PR) ressaltou que a Comissão de Relações Exteriores planejava votar moções de solidariedade a Jair Bolsonaro e denúncias à ONU e OEA.
Mais de 50 deputados e dois senadores retornaram a Brasília, argumentando que o recesso não é formal, pois a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) não foi votada.
Cavalcante também contestou a autoridade de Motta, afirmando que decisões deveriam ser tomadas pelo segundo vice-presidente, Elmar Nascimento (União-BA), já que Motta e o vice-presidente Altineu Côrtes (PL-RJ) estão fora do país.