Presidente recém-reeleito do Equador afirma querer militares dos EUA no combate ao crime organizado
Noboa quer alterar a Constituição do Equador para facilitar a presença de tropas dos EUA no combate ao crime organizado. O presidente alega que a cooperação não retirará o comando das operações das forças locais.
Presidente do Equador, Daniel Noboa, anunciou planos para alterar a Constituição e permitir a presença de militares estrangeiros, especificamente tropas dos Estados Unidos, no combate ao crime organizado.
Em entrevista à CNN, Noboa afirmou que a decisão não retiraria o comando das operações das autoridades equatorianas. A construção de uma base naval em Manta está em andamento para facilitar essa cooperação.
Antes do segundo turno das eleições, Noboa se reuniu com o presidente dos EUA, Donald Trump, para discutir segurança e migração. Relacionado a isso, uma fonte militar indicou que o governo já preparava o terreno para a chegada de militares americanos.
A base aérea utilizada anteriormente por forças dos EUA foi fechada devido à negativa do ex-presidente Rafael Correa de renovar a autorização. A Constituição de Correa proíbe a cessão de território a forças estrangeiras.
Noboa enfatizou a importância de Washington como parceiro no combate ao crime transnacional e confirmou a necessidade de mudanças legais internas para a implementação de colaborações no combate às gangues. Ele também mencionou o desejo de incluir grupos equatorianos na lista de terroristas dos EUA.
Durante seu primeiro mandato, Noboa enfrentou o crime organizado com a presença do Exército e estados de exceção. A taxa de homicídios caiu de 47 para 38 por 100 mil habitantes, mas o Equador ainda lidera a América Latina em homicídios proporcionais.