Presidente do Senado lê requerimento que cria CPI do INSS
Senadores e deputados preveem que a CPMI sobre fraudes no INSS só deve ser instalada no segundo semestre. A proposta já conta com o apoio necessário e reflete a insatisfação da população com a gestão atual e passada.
Presidente do Congresso, senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), leu nesta terça-feira (17) o requerimento para criar uma CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) para investigar as fraudes no INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).
A CPMI deve começar a funcionar apenas no segundo semestre, devido à ausência de congressistas durante as festividades de Corpus Christi e juninas. O recesso parlamentar se inicia na metade de julho.
O requerimento foi protocolado no mês passado, contando com a assinatura de 36 senadores e 223 deputados — número superior ao mínimo exigido. No entanto, novas adesões ocorreram, incluindo a de governistas.
Uma pesquisa do Datafolha aponta que a maioria dos brasileiros responsabiliza tanto o governo Lula (PT) quanto o governo Bolsonaro (PL) pelas fraudes no INSS, com uma percepção negativa maior sobre a gestão petista. A popularidade de Lula se encontra em um nível baixo, com 40% dos brasileiros considerando seu governo ruim ou péssimo.
O governo tenta evitar a CPMI, alegando que já existem investigações avançadas na Polícia Federal e na CGU (Controladoria-Geral da União), além de uma ação cautelar da AGU (Advocacia-Geral da União) para bloquear bens das associações envolvidas.
Na quinta-feira (12), a 7ª Vara da Seção Judiciária do DF determinou o bloqueio de R$ 2,8 bilhões de 12 entidades associativas investigadas, visando o ressarcimento às vítimas das fraudes.