Presidente do INSS teve pedido negado pela PF a informações sobre investigações contra o órgão
Alessandro Stefanutto solicitou à Polícia Federal informações sobre investigações de descontos irregulares que afetaram a imagem do INSS. A PF negou o pedido, citando sigilo e a condução das apurações por outros órgãos.
Demissão do presidente do INSS: Alessandro Stefanutto foi destituído após solicitação de informações à Polícia Federal (PF) sobre investigações de descontos irregulares.
A PF negou o pedido, afirmando que as investigações eram conduzidas por outros órgãos, o que impossibilitava o fornecimento das informações.
Stefanutto buscava dados para tomar ações contra irregularidades noticiadas na imprensa, que afetavam a imagem do INSS.
O ofício mencionava uma operação do Ministério Público de São Paulo que investigou a Ambec e resultou em sua demissão.
Ele ressaltou que o INSS tinha acordos de cooperação para descontos em benefícios, mas a PF alegou sigilo em suas investigações.
Essa situação gerou discussões na cúpula do INSS, já que o pedido de informações buscava respaldar ações contra irregularidades.
A operação Sem Desconto visava combater descontos não autorizados, que somaram R$ 6,3 bilhões de 2019 a 2024.
Investigações apontaram que houve continuidade dos descontos mesmo após alertas do Tribunal de Contas da União (TCU) e da Controladoria-Geral da União (CGU).
O TCU detectou irregularidades em R$ 91 bilhões de descontos e a CGU encontrou problemas operacionais em 29 entidades investigadas.
A fiscalização: 72% das entidades não apresentaram documentação completa e algumas foram alvo de ações judiciais, resultando na suspensão de pagamentos.