Presidente do IBGE nega crise no órgão e defende criação de fundação para ampliar orçamento
Márcio Pochmann nega crise no IBGE e defende a criação da Fundação IBGE+ como solução para desafios financeiros. Durante audiência no Senado, ele ressaltou a necessidade de modernizar a governança de dados no país para enfrentar a concorrência das grandes empresas de tecnologia.
Márcio Pochmann, presidente do IBGE, negou nesta quarta-feira (23) uma crise institucional no órgão, afirmando que vive um momento democrático e de abertura para manifestações dos servidores.
A declaração ocorreu em audiência pública na Comissão de Transparência, Governança, Fiscalização e Controle e Defesa do Consumidor (CTFC) do Senado, convocada após denúncias sobre a gestão do IBGE e a criação da Fundação IBGE+.
Essa fundação gerou críticas internas, resultando na exoneração de diretores e na divulgação de uma carta com queixas sobre falta de diálogo e transparência.
Pochmann defendeu a fundação como uma forma de ampliar recursos para pesquisas, negando que a proposta tenha sido sigilosa. ”O conselho fiscal será formado por servidores do IBGE,” garantiu.
Além disso, ele afirmou que o modelo está em discussão, envolvendo diálogo com vários órgãos, e que as tensões internas têm diminuído com novos conselhos de coordenadores.
Durante a audiência, Pochmann alertou sobre a necessidade de modernizar a governança de dados no Brasil, devido ao domínio de grandes empresas de tecnologia. “O modelo atual de produção estatística está esgotado,” disse ele.
Ele propôs a construção de um novo sistema de governança nacional de dados, buscando o fortalecimento das instituições públicas de estatística.
A audiência contou com a presença de senadores, representantes de entidades da sociedade civil e servidores do IBGE.
Com informações da Agência Senado