Presidente de Taiwan diz querer paz com China, mas vai fortalecer defesas da ilha
Presidente de Taiwan reafirma compromisso com a paz e diálogo, enquanto fortalece defesas em resposta à pressão militar da China. A relação tensa entre os dois países se intensifica com declarações de ambas as partes, marcando um ano desafiador para Lai Ching-te.
Taiwan busca paz e diálogo com a China, afirmou o presidente Lai Ching-te neste dia 20, ao completar um ano de mandato. Apesar disso, o governo continuará a fortalecer suas defesas.
A China considera Lai um separatista e rejeita suas ofertas de diálogo, desafiando suas reivindicações de soberania. Lai enfatizou que apenas o povo de Taiwan pode decidir seu futuro e que a paz deve ser priorizada.
"A paz não tem preço e a guerra não tem vencedores", disse Lai, ressaltando que a preparação militar é essencial para evitar conflitos.
Intercâmbios e cooperação com a China são bem-vindos, desde que exista dignidade recíproca, conforme o presidente. A resposta da China veio através do Escritório de Assuntos de Taiwan, que classificou as declarações de Lai como "tática de duas caras".
Segundo o porta-voz Chen Binhua, os comentários de líderes taiwaneses não mudam o fato de que "Taiwan é parte da China". O Ministério da Defesa da China chamou Lai de "criador de crises" na região.
Lai também enfrenta o desafio de possíveis tarifas americanas e mencionou negociações em andamento com Washington. Em relação à economia, ele anunciou planos para um fundo soberano que impulsionará a tecnologia em Taiwan.
Após a coletiva de imprensa, o presidente participou da feira Computex, onde se encontrou com o CEO da Nvidia, Jensen Huang, e visitou estandes de empresas como Foxconn e Mediatek.
Recentemente, a China realizou exercícios militares sob o nome de "Strait Thunder-2025A", com indícios de que novos exercícios estão por vir. O ministério da Defesa de Taiwan relatou atividades militares chinesas, incluindo seis aviões e 11 embarcações detectados nas últimas 24 horas.