Presidente de grande siderúrgica dos EUA diz esperar alívio de tarifa de Trump sobre Brasil
Barry Schneider expressa preocupação com tarifas de 50% sobre ferro-gusa do Brasil, destacando a dependência da Steel Dynamics desse insumo. As siderúrgicas americanas, no entanto, têm se beneficiado da redução da concorrência estrangeira no mercado.
Presidente da Steel Dynamics, Barry Schneider, expressou preocupações sobre as tarifas de 50% impostas por Donald Trump a produtos brasileiros.
A Steel Dynamics, quarta maior produtora de aço bruto dos EUA, depende da importação de ferro-gusa do Brasil, que corresponde a 73% das importações desse material para os EUA.
Schneider mencionou que as tarifas afetam normas históricas de tarifação de matérias-primas no país. Ele também destacou que a empresa teve que reestruturar seu fornecimento de ferro-gusa após a guerra na Ucrânia.
O governo Lula tenta mobilizar empresários brasileiros para que convoquem o governo americano a negociar a revisão dessas tarifas, considerando a importância da indústria de aço no cenário político dos EUA.
Durante reunião com o embaixador interino dos EUA no Brasil, Gabriel Escobar, foram discutidos os impactos das tarifas. O presidente do Sindifer, Fausto Varela Cançado, revelou que alguns clientes se reuniram com representantes do governo Trump sobre o assunto.
Entretanto, a flexibilização das tarifas sobre o ferro-gusa não indica mudanças favoráveis para outros produtos brasileiros, pois muitas grandes siderúrgicas americanas se beneficiam das tarifas atuais, reduzindo a concorrência.
O vice-presidente do American Metals Supply Chain Institute, Marcio Barbosa, destacou que as siderúrgicas estão lucrando com a falta de concorrência, o que elimina a preocupação com tarifas. Desde o aumento de taxas de 25% para 50%, não houve mais importações de produtos acabados do setor.