Presidente de Cuba corrige ministra que negou existência de ‘mendigos’ na ilha
Presidente de Cuba critica declarações da ministra sobre mendigos e destaca a urgência de abordar a pobreza. Debate sobre vulnerabilidade social ganha força em meio a uma crise econômica severa na ilha.
Presidente de Cuba comenta polêmica sobre mendigos
Na terça-feira (15), o presidente Miguel Díaz-Canel se pronunciou sobre declarações da ministra do Trabalho, Marta Elena Feitó, que afirmou não existirem “mendigos” em Cuba, mas sim “pessoas disfarçadas de mendigos”.
A ministra negou que indivíduos que reviram lixo estejam procurando comida e criticou os limpadores de para-brisas, chamando-os de "buscadores da vida fácil". Essas afirmações causaram indignação popular, especialmente em um momento de crise econômica.
Díaz-Canel, em sessão no Parlamento, enfatizou a falta de sensibilidade na abordagem do tema, afirmando que as pessoas descritas como mendigos são manifestações concretas dos problemas sociais. Ele dedicou 20 minutos ao tema e reforçou a necessidade de conexão com a realidade vivida na ilha.
Embora não tenha usado a palavra “pobreza”, ele mencionou “pessoas em situação de vulnerabilidade”. Em 2024, foram reportadas 189 mil famílias e 350 mil pessoas beneficiadas por programas sociais, em meio a uma população de 9,7 milhões.
A presença de indigentes e pessoas que buscam comida no lixo aumentou nos últimos anos, agravada pela crise econômica e o embargo dos EUA.
Com informações da AFP