Presidente da Loterj diz que União discrimina operadores estaduais de apostas
Hazenclever Cançado critica a proibição das loterias estaduais em expandir suas atividades e aponta a alta carga tributária como um obstáculo ao mercado regular. Ele defende uma maior autonomia para as lotéricas dos Estados frente ao monopólio federal.
Presidente da Loterj, Hazenclever Lopes Cançado, criticou o mercado cinza de apostas irregulares, considerando-o uma “concorrência desleal” em relação ao mercado regularizado no Brasil.
Durante o painel no Bis Sigma Américas 2025 em 9 de abril, ele destacou que as lotéricas estaduais estão sendo prejudicadas pela alta carga tributária e pela “discriminação” dos operadores federais.
Cançado afirmou que a União está “criando uma muralha” no mercado de loterias, prejudicando os estados. Ele se posicionou contra a proibição imposta pelo STF em 21 de fevereiro, que impede a Loterj de credenciar empresas fora do estado.
A Advocacia-Geral da União havia argumentado que a expansão da Loterj violava o pacto federativo. Com a decisão do STF, a Loterj deve limitar as apostas apenas ao Rio de Janeiro.
O painel também contou com a participação de Daniel Romanowski, presidente da Lottopar, e Alexandre Manoel, presidente do Conselho Consórcio de Aposta Vencedora SP. A mediação foi feita por Marcello Correa, vice-presidente da Comissão da OAB/RJ.
O Brazilian iGaming Summit ocorrerá de 7 a 10 de abril de 2025, em São Paulo, reunindo especialistas para discutir a regulamentação e oportunidades de negócio no setor. Entre os palestrantes estão Giovanni Rocco Neto e Regis Dudena.