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Presidente da Eletrobras diz que 'perde o sono' com os '300 mil CPFs que investiram o FGTS na companhia’

Ivan Monteiro expressa preocupação com os 300 mil investidores que utilizaram o FGTS para adquirir ações da Eletrobras durante a privatização. Ele enfatiza a importância da governança e compliance na gestão das estatais, em comparação com o setor financeiro.

Ivan Monteiro, diretor-presidente da Eletrobras, revelou nesta sexta-feira (30) que sua principal preocupação é com os 300 mil CPFs que usaram o FGTS para comprar ações da empresa durante sua privatização em 2022.

“O que tira o meu sono são esses acionistas. Trabalhamos para todos, mas temos um cuidado especial com eles”, disse Monteiro no 2° Congresso Brasileiro de Direito do Mercado de Capitais, no Rio.

Durante o evento, Monteiro abordou a governança em sociedades de economia mista e as complexidades do setor estatal. Destacou a “angústia de um gestor” e como as situações complexas podem se arrastar na Justiça.

Ele mencionou que políticas de compliance, como decisão colegiada e segregação de funções, chegaram tardias ao setor não financeiro. Monteiro comparou o impacto da Operação Lava Jato na área de compliance ao da pandemia nas recursos humanos.

Fundado na experiência no Banco do Brasil, Monteiro notou que normas comuns em bancos são ausentes em empresas como a Eletrobras e a Petrobras. Ele foi presidente da Petrobras em 2018, quando a empresa lidou com crises financeiras e reputacionais.

Na gestão financeira, Monteiro liderou a publicação do balanço de 2014, focando na metodologia que incluía o impacto da corrupção. Ele elogiou os funcionários da Petrobras, principalmente nas áreas jurídicas e de contabilidade, como responsáveis por sua recuperação.

Por fim, Monteiro expressou otimismo sobre o futuro do Brasil, apesar das decepções, ressaltando o “enorme potencial” do país.

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