Presidente da Câmara rebate Haddad e diz que Executivo 'não pode gastar sem freio e depois passar o volante ao Congresso'
Hugo Motta critica ministro da Fazenda e defende a responsabilidade fiscal do Executivo. Ele ressalta que a sociedade arca com o consumo excessivo do Estado e que é necessário reduzir desperdícios ao invés de aumentar impostos.
Hugo Motta, presidente da Câmara dos Deputados, criticou publicamente o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, nesta segunda-feira.
Motta afirmou que “quem gasta mais do que arrecada não é vítima, é autor”, destacando que o Executivo não pode gastar sem controle e esperar que o Congresso intervenha.
A crítica de Motta veio após Haddad alegar que o Brasil vive um “quase parlamentarismo”, sugerindo que a responsabilidade das dificuldades de ajuste fiscal recai sobre a fragmentação da base aliada no Congresso.
Motta expressou: “O Estado não gera riqueza - consome. E quem paga essa conta é a sociedade.” Ele reforçou o compromisso da Câmara em apoiar bons projetos do Executivo, e criticou a necessidade de mais impostos, propondo que o foco deveria ser no combate ao desperdício.
Em relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), o aumento das alíquotas gerou incertezas jurídicas entre tributaristas e possíveis questionamentos judiciais.
O governo fez um recuo parcial, mantendo a alíquota do IOF em zero para aplicações em fundos nacionais no exterior, mas aplicando 3,5% para compra de moeda e cartões de crédito internacionais.
A medida visa gerar R$ 20,5 bilhões em arrecadação este ano e R$ 41 bilhões até 2026, corrigindo distorções e evitando evasões fiscais.