Presidente da Câmara dos EUA antecipa recesso para barrar votação sobre caso Epstein

Presidente da Câmara dos Deputados dos EUA, Mike Johnson, antecipou o recesso parlamentar para evitar votação sobre arquivos relacionados ao caso Jeffrey Epstein.

A decisão ocorre em meio a uma crise no governo Donald Trump sobre sua condução da investigação.

Johnson anunciou que a Câmara entrará em recesso amanhã, por cinco semanas, retornando em setembro. Ele criticou os democratas por tentarem fazer "jogos políticos" para forçar votações que implicariam a divulgação de documentos do Departamento de Justiça relacionados a Epstein, que foi encontrado morto na prisão em 2019.

Johnson declarou: "Nós não vamos permitir que eles continuem com essa farsa", apesar de republicanos também solicitarem a divulgação dos arquivos.

O anúncio de Johnson aconteceu após o Comitê de Supervisão da Câmara aprovar o depoimento de Ghislaine Maxwell, associada de Epstein.

A crise no governo Trump intensificou-se após um memorando do Departamento de Justiça e do FBI afirmar não haver "provas críveis" de uma "lista de clientes" de Epstein e confirmar seu suicídio na prisão.

Desde 2019, apoiadores do movimento Maga sugerem que elites em Washington ocultaram documentos para proteger cúmplices de Epstein.

Trump, na semana passada, atacou parte de seus apoiadores afirmando que o caso Epstein era uma farsa alimentada pelos democratas.

A crise aumentou com uma matéria do Wall Street Journal revelando uma mensagem de aniversário de Trump a Epstein em 2003, mencionando "segredos" e um desenho obsceno.

Para conter a crise, Trump ordenou a solicitação de divulgação de arquivos do julgamento de Epstein e processou o Wall Street Journal por difamação, pedindo US$ 10 bilhões em indenização.