Premiê da Espanha promete reestruturar próprio partido após renúncia de aliado devido a escândalo
Sánchez anuncia investigação após escândalo de corrupção no PSOE e promete reestruturação interna. Primeiro-ministro reafirma confiança em seu governo e descarta eleições antecipadas, foco da pressão opositora.
Pedro Sánchez, primeiro-ministro da Espanha, descartou a convocação de eleições antecipadas e anunciou uma reestruturação no Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE), após a renúncia de um aliado no meio de um escândalo de corrupção.
Em um pronunciamento, Sánchez pediu desculpas aos cidadãos e reconheceu que errou ao confiar em Santos Cerdán, o número três do partido, que se afastou devido a suspeitas de envolvimento em corrupção. Cerdán, que nega as acusações, afirmou ser inocente e deixar o cargo para se defender.
Sánchez reforçou que a situação afeta apenas o PSOE e não o governo, permanecendo em seu mandato até 2027. Ele prometeu uma resposta inabalável à corrupção, manifestando sua indignação com a situação.
O juiz Puente investiga Cerdán por suposta participação em concessões irregulares de contratos públicos por propinas, com potencial pena de até oito anos de prisão. Conversas gravadas entre Cerdán e José Luis Ábalos revelam discussões sobre pagamentos ilegais.
Ábalos, ex-ministro dos Transportes, foi convocado para depor, mas recusou renunciar, enquanto seu ex-assistente Koldo García, preso por acusações anteriores, também nega envolvimento.
Sánchez chegou ao poder em 2018 após a queda do ex-primeiro-ministro Mariano Rajoy, devido a um escândalo de corrupção significativo. A pressão sobre seu governo se intensifica à medida que a oposição exige responsabilidades.