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Preconceito com iniciativa privada freia mercado de capitais no Brasil, diz Barroso

Barroso critica o preconceito contra a iniciativa privada e aponta a complexidade do sistema tributário como entraves ao crescimento do mercado de capitais. Ele ressalta ainda a importância da segurança jurídica e do papel do Judiciário na dinâmica econômica do país.

Presidente do STF, Luís Roberto Barroso, destaca dificuldades no mercado de capitais brasileiro

Nesta sexta-feira (30), durante o II Congresso de Mercado de Capitais, Barroso afirmou que o Brasil não possui um mercado de capitais proporcional ao tamanho de sua economia, devido a um “grande preconceito” com a iniciativa privada.

O ministro ressaltou que o Estado historicamente gera menos riquezas que a iniciativa privada e pediu uma mudança na percepção sobre a livre iniciativa.

Barroso também enfatizou que o Brasil possui uma vocação única para liderar em transição energética e agendas ambientais, alertando contra o “negacionismo ambiental”.

O ministro apontou a insegurança jurídica presente em três áreas com alta litigiosidade: tributária, trabalhista e Judiciário.

  • Barroso mencionou que o Brasil tem o sistema tributário mais complexo do mundo.
  • Uma reforma tributária já foi aprovada e outras legislações estão sendo discutidas.
  • Destacou a necessidade de mecanismos que ofereçam celeridade ao sistema.

Sobre a litigiosidade trabalhista, ele associou ao pleno emprego e à maior rotatividade de contratos.

Por fim, Barroso comentou sobre o papel do Poder Judiciário no Brasil, que é distinto de outros países. Ele observou que a Constituição brasileira é mais abrangente e que, no Brasil, “a judicialização ocorre em todos os temas”.

Barroso também destacou a importância das ações diretas de inconstitucionalidade (ADI), que têm acesso direto ao STF, evitando outras instâncias.

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