Preço do ovo sobe 15% em apenas um mês, segundo IPCA; entenda quando pode baixar
A alta nos preços dos ovos está relacionada a fatores como o aumento dos custos de produção, principalmente do milho, e a demanda aquecida durante a Quaresma. Especialistas preveem que os valores possam se normalizar após esse período, mas a situação pode ser influenciada pela competitividade dos preços das carnes.
Preço do ovo dispara 15% em fevereiro, com aumento de 16,42% em relação ao mesmo mês de 2024, segundo o IPCA do IBGE.
No atacado, a alta já ultrapassa 40% em diversas regiões, aponta o Cepea. Especialistas atribuem a elevação ao custo do milho, ao calor intenso e à demanda elevada durante a Quaresma.
No dia 20 de fevereiro, o presidente Lula destacou o absurdo do preço, com caixas a R$ 40, e propôs reuniões com atacadistas para reduzir os valores.
Produtores esperam que os preços se normalizem até o fim da Quaresma, mas especialistas alertam para a possibilidade de manutenção da alta devido à demanda contínua.
Fatores que impactam o aumento:
- Substituição de carnes vermelhas por ovos durante a Quaresma.
- Aumento no custo de produção, especialmente no milho (alta de 30% desde julho de 2024).
- Custo com embalagens cresceu mais de 100%.
- Baixa disponibilidade de ovos no mercado.
A demanda por ovos deve crescer com a Quaresma, mas a retirada nas vendas no atacado foi notada. No Espírito Santo, houve pressão por descontos.
Expectativas para os preços:
- Produtores acreditam que preços se normalizarão até o fim da Quaresma.
- Analista Fernando Henrique Iglesias pondera que contínuas altas nos preços de outras carnes podem manter os preços dos ovos inflacionados.
- O consumo per capita de ovos aumentou de 242 para 269 unidades em um ano.
Exportações:
- Aumentos nas vendas externas desde dezembro, mas impacto sobre preço interno é mínimo.
- Menos de 1% da produção deve ser exportada este ano.
A insatisfação entre consumidores é crescente devido aos altos preços na prateleira.