Preço de alimentos dispara na Faixa de Gaza; quilo de farinha chega a R$ 67
A crise humanitária em Gaza se intensifica com a disparada nos preços dos alimentos e a escassez de recursos, levando muitos a desistirem da ajuda. O aumento da violência e da impossibilidade de acesso ao auxílio agrava o cenário de fome e desespero entre os habitantes da região.
Caos na Faixa de Gaza: a distribuição de ajuda humanitária tem sido marcada por violência e mortes desde que Israel reestruturou o sistema em maio, visando evitar que o auxílio chegue ao Hamas.
A escassez de recursos levou muitos palestinos a desistirem de buscar ajuda, enfrentando um aumento alarmante da fome.
Alternativas como a compra de alimentos em mercados locais têm se tornado comuns, mas os preços dispararam:
- Açúcar: US$ 106/kg (antes: US$ 0,89)
- Farinha: US$ 12/kg (antes: US$ 0,42)
- Tomates: US$ 30/kg (antes: US$ 0,59)
Arif Husain, economista-chefe do Programa Mundial de Alimentos da ONU, afirmou que esses preços são sem precedentes.
Os palestinos enfrentam ainda o risco de violência em locais de distribuição, descritos como "armadilhas mortais". O Exército israelense afirma ter disparado avisos quando confrontado por multidões.
A instabilidade no fornecimento de bens causa flutuações drásticas de preços, com o custo da farinha variando de US$ 891 a US$ 334 em pouco tempo, dependendo do bloqueio de entrada de bens.
Ayed Abu Ramadan, presidente da Câmara de Comércio, destacou a luta constante contra preços altos e escassez.
Preços de itens não alimentares também são exorbitantes:
- Sabão: US$ 10 (antes: US$ 0,59)
- Fraldas: US$ 149 (antes: US$ 8,61)
- Diesel: US$ 36/litro (antes: US$ 1,87)
- Fórmula infantil: US$ 51 (antes: US$ 7,43)
Além disso, a obtenção de dinheiro em espécie é um desafio, sendo muitos dependentes do mercado negro para conseguir a moeda necessária.
Fares, um residente, expressou que "há sofrimento embutido em cada aspecto da vida", refletindo a gravidade da situação na Gaza.