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Prateleiras vazias e preços nas alturas: tarifaço de Trump deve provocar impacto similar ao da Covid nos EUA

A guerra comercial entre os EUA e a China pode provocar desabastecimento e aumento de preços no varejo americano. Especialistas alertam para um possível impacto severo no setor, com cancelamentos de pedidos e falta de produtos nas prateleiras se as tarifas persistirem.

Ofensiva tarifária dos EUA: A guerra comercial sob a presidência de Donald Trump está próxima de completar um mês, com impactos visíveis na economia.

Desde o aumento das tarifas sobre a China para 145% em abril, as importações de produtos chineses caíram até 60%, embora a maioria dos americanos ainda não tenha sentido o impacto.

Até maio, muitas empresas, incluindo grandes varejistas como Walmart e Target, relataram potenciais prateleiras vazias e preços altos.

Torsten Slok, economista-chefe da Apollo Management, prevê que a falta de produtos poderá ser semelhante à vista durante a Covid-19.

Cenário desafiador: A companhia de decorações natalinas The Gerson Companies se encontra com 250 contêineres aguardando embarque e clama por uma solução rápida.

Mesmo com a possibilidade de Trump flexibilizar tarifas, pode ser tarde demais para evitar uma crise de suprimento até o Natal.

Atrasos e custos elevados: A reinicialização do comércio pode causar sobrecarga na logística, resultando em atrasos e gargalos nos portos, assim como ocorreu anteriormente na pandemia.

A indústria de varejo enfrenta um momento crítico, pois muitas empresas precisam reabastecer estoques para o segundo semestre do ano.

Os importadores estão buscando produtos em outros mercados devido ao alto custo dos produtos chineses, e a Hapag-Lloyd AG relatou um aumento de 30% nas reservas do Sudeste Asiático.

Previsões de queda: A Organização Mundial do Comércio alerta que as transações entre EUA e China podem diminuir em até 80%, pressionando os preços para cima e causando possíveis cancelamentos de pedidos.

As empresas se preparam para enfrentar decisiões difíceis sobre preços e quais produtos oferecer, com impacto potencial em empregos e custos.

Para muitos, a situação atual lembra a pandemia, mas com a diferença de que a crise atual pode durar mais e ser mais complicada.

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