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Pós-operatório será longo e não há previsão de alta, dizem médicos sobre cirurgia de Bolsonaro

Ex-presidente enfrenta um pós-operatório prolongado e sem previsão de alta após cirurgia complexa. Médicos monitoram situação delicada e aguardam evolução nos próximos dias.

Ex-presidente Jair Bolsonaro está em recuperação após cirurgia no intestino, com prognóstico de alta indefinido.

A informação foi divulgada pela equipe médica do Hospital DF Star, em Brasília, na manhã de segunda-feira, 14. O cardiologista Leandro Echenique destacou que o pós-operatório será prolongado, sem expectativas de evolução rápida.

A cirurgia, considerada "complexa e trabalhososa", durou 12 horas e resultou em um quadro satisfatório. No exame inicial, Bolsonaro apresentava distensão abdominal e marcadores inflamatórios elevados (150 mg/dL).

O procedimento incluiu a liberação de aderências intestinais e reconstrução da parede abdominal, após múltiplas cirurgias anteriores. O cirurgião Cláudio Birolini mencionou que a situação do abdome estava "hostil", e que o intestino havia evidenciado um quadro de suboclusão.

A equipe médica identificou muitas aderências e destacou que as próximas 48 horas serão críticas para monitorar complicações como infecções ou trombose. Bolsonaro receberá nutrição intravenosa enquanto seu intestino descansa.

Questionado sobre a necessidade de uma bolsa de colostomia, Birolini afirmou que, a princípio, não será necessário, a menos que ocorram complicações graves. Também não há previsão para nova cirurgia, mas há risco de formação de novas aderências.

Bolsonaro já passou por sete cirurgias desde o atentado em 2018. Sua última operação foi motivada por fortes dores abdominais sentidas na sexta-feira, 11, levando à sua transferência para Brasília por UTI aérea após um evento no Rio Grande do Norte.

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