Portugal vê privatização da TAP além de uma questão financeira, diz ministro
Governo português prioriza a estratégia nacional em relação à TAP, ressaltando a importância da companhia para o hub aéreo em Lisboa. A privatização da empresa continua em andamento, com previsão de decisões até julho.
Governo de Portugal considera a TAP mais estratégica do que financeira, enquanto se planeja a privatização da companhia aérea estatal.
O ministro da Presidência, António Leitão Amaro, afirmou à Bloomberg que a privatização é um processo “importante”, mas não revelou quando ocorrerá. O primeiro-ministro Luis Montenegro deseja manter o hub da TAP em Lisboa e as rotas estratégicas.
Grandes companhias aéreas, como Air France-KLM e Deutsche Lufthansa, já demonstraram interesse na TAP, que é a principal fornecedora de conexões aéreas para o Brasil e possui forte presença na África e voos para a América do Norte.
A privatização foi adiada após a queda do governo minoritário em março, mas a recente eleição em maio não alcançou maioria absoluta. Amaro comentou que agora a situação é “mais difícil” para a oposição bloquear medidas.
O governo busca apoio de partidos, já que não tem estratégia de formar alianças com grupos de oposição. Antes do colapso do governo, havia planos de vender pelo menos 49% da TAP para evitar oposição política.
Além da privatização, o governo de Montenegro terá decisões a tomar, como a recondução do presidente do Banco de Portugal e mudanças nas regras de imigração. Apesar das novas regulações, o ministro garantiu que Portugal não adotará as regras mais rígidas vistas em outros países.
Com 16 milhões de passageiros transportados no último ano, a TAP se destaca no setor aéreo europeu, que já perdeu algumas transportadoras para alianças estratégicas.