Portugal se junta a Canadá, Reino Unido e França e fala em reconhecer Estado da Palestina
Portugal sinaliza reconhecimento da Palestina em setembro, acompanhando decisões recentes de países do G7. A proposta surge em meio a uma crise humanitária sem precedentes na Faixa de Gaza e ao longo de décadas de conflito na região.
PortugalEstado da Palestina em setembro, em resposta à grave crise humanitária na Faixa de Gaza e após 22 meses de conflito.
O gabinete do primeiro-ministro, Luís Montenegro, informou que o reconhecimento pode ser finalizado durante a 80ª Assembleia Geral das Nações Unidas e requer consultas ao Parlamento e ao presidente, Marcelo Rebelo de Sousa.
O governo português ressaltou que muitos estados com posições consensuais manifestaram interesse em iniciar esse reconhecimento, considerando a normalização das relações árabes com Israel e a evolução preocupante do conflito.
O comunicado destaca garantias da Autoridade Nacional Palestina (ANP), incluindo:
- Condenação de ataques terroristas do Hamas
- Libertação de reféns
- Aceitação de um Estado palestino desmilitarizado
- Retomada da administração de Gaza
- Reconhecimento do Estado de Israel
Portugal se junta a Canadá, França e Reino Unido, países do G7, que também sinalizaram a intenção de reconhecer a Palestina. O presidente francês Emmanuel Macron anunciou a medida na última quinta-feira (24), enquanto o premiê britânico Keir Starmer fez um pronunciamento similar na terça (29).
Se o reconhecimento ocorrer, Portugal e os demais países somarão mais de 140 nações que legitimam o Estado palestino, segundo a ANP. Com o apoio de três quartos dos 193 países da ONU, a nova situação pode influenciar a adesão a órgãos internacionais, especialmente pela inclusão de França e Reino Unido, membros do Conselho de Segurança.