Portugal conclui apuração de votos e extrema direita se torna 2ª maior bancada no Parlamento
Chega se consolida como a segunda força político-parlamentar, enquanto o PS cai para o terceiro lugar. Com abstenção anunciada, Luís Montenegro é reconduzido ao cargo de primeiro-ministro.
Eleições Gerais Antecipadas de Portugal ocorreram em 18 de maio, com apuração finalizada em 28 de maio, após contagem de votos do exterior.
O partido Chega tornou-se a segunda maior bancada no Parlamento, com 59 deputados, atrás da Aliança Democrática (AD), que ganhou 90 cadeiras.
O Partido Socialista (PS) ficou em terceiro lugar, com 58 deputados, sua pior posição em 50 anos de democracia.
André Ventura, líder do Chega, celebrou a “grande vitória”, afirmando que o resultado marca uma mudança profunda no sistema político.
A AD, liderada pelo primeiro-ministro Luís Montenegro, será reconduzida ao cargo sem oposição do PS, que anunciou abstenção. Pedro Nuno Santos, líder do PS, pediu demissão na noite da eleição.
O Chega também se destacou entre os emigrantes portugueses no Brasil, conquistando 25,3% dos votos contra 15,5% da AD e 13,6% do PS, resultando na eleição de dois deputados.
No total, foram recebidas 347.932 cartas com votos do exterior, representando 22,04% dos eleitores habilitados. Muitos reclamaram da falta de recebimento dos boletins de voto, um problema recorrente.