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Portugal celebra com exposição 50 anos de primeira eleição no retorno à democracia

Exposição "Haverá Eleições" destaca a importância do primeiro pleito democrático em Portugal, realizado em 1975, e suas paralelas com a redemocratização no Brasil. A mostra explora o contexto político da época e o papel da sociedade civil e da mídia na mobilização da população para votar.

Data Nacional de Portugal: 25 de abril.

Em 1974, um golpe militar levou à queda da ditadura salazarista, conhecido como Revolução dos Cravos.

Os anos seguintes, 25 de abril de 1975 e 25 de abril de 1976, também foram significativos:

  • 1975: Primeira eleição após 50 anos de autoritarismo, com 6,2 milhões de eleitores e 92% de comparecimento.
  • 1976: Formação do primeiro Parlamento da era democrática.

A exposição "Haverá Eleições", na Fundação Calouste Gulbenkian, celebra esse marco.

O cientista político Pedro Magalhães e a cineasta Catarina Vasconcelos curam a exposição, destacando a importância de ter eleições verdadeiramente livres.

O recenseamento foi rápido, utilizando voluntários, com cédulas doadas pelo governo sueco. A RTP teve papel crucial na educação do eleitorado, especialmente em um contexto de 26% de analfabetismo.

A exposição inclui um documentário sobre as emoções e experiências dos eleitores, com enfoque na imparcialidade da cobertura da RTP.

O contexto político da época é lembrado como parte da “Terceira onda de democratização”, que afetou diversos regimes autoritários.

Apesar das tensões, a promessa de eleições foi mantida, sendo encaradas como uma questão de honra militar.

A vitória do Partido Socialista em 1975 direcionou Portugal em direção à democracia, culminando na adesão à União Europeia em 1986.

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