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Porto do Açu, no Rio, vê aumento da demanda com a escalada da guerra comercial

A disputa tarifária entre EUA e China abre oportunidades para o Porto do Açu, que registra aumento nas exportações de commodities brasileiras. O porto se prepara para expandir sua capacidade e atender à crescente demanda por produtos como soja, aves e café.

A guerra comercial de Donald Trump impactou os preços globais das commodities, mas é positiva para o Porto do Açu, no Rio de Janeiro, que está vendo um aumento nas exportações.

O Porto do Açu, principal porto de exportação de petróleo do Brasil, já investia em capacidade extra para resolver gargalos comerciais. A demanda começou a crescer com as ameaças tarifárias, segundo João Braz, diretor de logística do porto.

A China anunciou uma resposta à tarifa de 34% aplicada por Trump, oferecendo aos exportadores brasileiros uma chance de ganhar mercado. O Brasil, maior parceiro comercial da China, compete com os EUA no comércio agrícola global.

  • O Porto do Açu viu um aumento na demanda por ferro-gusa, utilizado nas siderúrgicas americanas.
  • As exportações de ferro-gusa no primeiro trimestre cresceram 50% em relação a 2024.
  • O Brasil está se destacando na produção de soja, com uma expectativa de 171,3 milhões de toneladas este ano.
  • As exportações de aves e carne bovina também tiveram aumentos significativos.

No entanto, existe um engarrafamento nas ferrovias e portos, dificultando o transporte das colheitas. O Porto do Açu planeja dobrar sua capacidade para 5 milhões de toneladas e melhorar a infraestrutura.

Além disso, a falta de contêineres está levando exportadores de café a usar grandes sacas, já que o Brasil é o maior embarcador da bebida. O Porto do Açu começou a enviar essas grandes sacas e planeja lidar com embarques de açúcar.

“Os clientes precisam de uma alternativa”, finaliza Braz, ressaltando que o sistema está estrangulado.

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