Porto brasileiro se fortalece com afastamento entre China e EUA
A guerra comercial entre EUA e China gera oportunidades para o Porto do Açu, que registra aumento nas exportações de commodities brasileiras. O aumento na demanda por produtos como ferro-gusa e soja ressalta a vantagem do Brasil no mercado global.
A guerra comercial do presidente americano, Donald Trump, impactou os preços globais de commodities, mas trouxe boas notícias para o Porto do Açu no Brasil, que está vendo um aumento nas exportações.
Localizado no Rio de Janeiro, o Porto do Açu é o número um do país na exportação de petróleo e já estava investindo em capacidade extra para atender as demandas do setor agrícola e mineral.
João Braz, diretor do porto, comentou: "Quando as ameaças começaram, a demanda começou a aumentar." A situação cria uma oportunidade única para o Brasil, que é o maior parceiro comercial da China.
A tarifa de 34% de Trump sobre produtos chineses poderá beneficiar os exportadores brasileiros. O Brasil compete com os EUA no mercado agrícola e é o maior produtor de petróleo da região.
Em fevereiro, Trump anunciou uma tarifa de 25% sobre aço e alumínio, resultando em um aumento de 50% nas exportações de ferro-gusa do Porto do Açu no primeiro trimestre. O Brasil também se destaca na produção de soja, com previsão de recorde de 171,3 milhões de toneladas.
Novos dados mostram que as exportações de carne de frango aumentaram 19% em março e 20% na carne bovina. No entanto, há um engarrafamento devido à falta de infraestrutura.
O Porto do Açu planeja dobrar sua capacidade anual para 5 milhões de toneladas e está realizando dragagens para facilitar embarques.
A escassez de contêineres, devido a ataques no Mar Vermelho, também está beneficiando o porto, onde os exportadores de café estão utilizando sacos superdimensionados. O porto espera um aumento nos volumes e a adição de embarques de açúcar.