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Porsche é nova vítima de Trump: sem fábrica nos EUA, prevê lucro menor

Porsche revisa suas projeções financeiras em meio à queda na demanda por veículos elétricos e impactos das tarifas nos EUA. A montadora enfrenta desafios significativos, incluindo uma previsão de margem de lucro que pode cair para 6,5% este ano.

Porsche espera redução na margem de lucro para um dígito em 2023, projetando 6,5% sobre vendas, abaixo do guidance anterior de pelo menos 10%.

A fabricante alertou sobre os impactos das tarifas dos EUA e a fraca adesão a veículos elétricos.

Com a demanda em queda na China e custos adicionais devido às tarifas automotivas, a Porsche enfrenta desafios significativos.

As vendas nos EUA, agora o principal mercado, superaram a China, mas a empresa importa todos os carros da Europa, o que aumenta os custos.

As ações da Porsche caíram 7,6% e perderam metade do valor no último ano.

A montadora investiu pesado em veículos elétricos, mas a queda na demanda resultou em uma reformulação.

Custos únicos podem chegar a € 1,3 bilhões devido ao encerramento da expansão da produção de baterias.

As tarifas impactaram as vendas em abril e afetarão maio, podendo alcançar € 2 bilhões anuais, segundo analistas.

A Porsche não planeja fabricar nos EUA, considerando que os custos seriam mais altos do que as tarifas.

Outras montadoras também enfrentam a pressão comercial; a Ferrari aumentará preços e a Renault pode atrasar lançamentos.

No mercado chinês, as vendas da Porsche caíram 42% no primeiro trimestre, o pior resultado desde 2013.

As entregas no país devem cair 30% em 2023.

O lucro operacional caiu 40% para € 760 milhões, com um retorno de vendas de apenas 8,6%.

A Porsche revisou sua previsão de receita para até € 37 bilhões, baixo do esperado anteriormente.

Diante disso, a montadora decidiu investir € 800 milhões para expandir produtos com motores de combustão e híbridos.

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